sábado, 18 de fevereiro de 2012

O samba da viola!

Como a viola (portuguesa) foi um dos primeiros instrumentos que desceram das naus ibéricas em solo brasileiro, participou aqui de vários momentos musicais passando por mãos de índios e negros. Com a chegada da população africana à colônia era questão de tempo até incorporarem a viola em alguns de seus costumes muscais. Nota-se a presença da viola ainda hoje nos congados e sambas de roda mineiros - onde a fusão do instrumento com a cultura africana ocorreu com mais força. Além, claro, dos sambas-caipiras tão comuns no universo da música caipira brasileira. 
Essa mistura inspirou até um projeto: os violeiros Chico Lobo e Pereira da Viola apresentam desde 2006 em Belo Horizonte o "Carnaviola" - "show movido a viola caipira, que mistura calangos, lundus, folias, congados, maracatus, cirandas, batuques de viola, catiras, calangos, cocos, cateretês e arrasta-pés, em um ritmo bem dançante, capaz de contagiar foliões de qualquer idade" FONTE

Abaixo alguns exemplos da viola sambando:

Abrindo alas com "Função de Violeiro" do épico disco solo de Bambico:

Composição pagodeira de Tião Carreiro "Malandrinho", debulhada pelo Trio Carapiá:

O músico João Lyra ponteando a viola no samba-de-roda baiano de Roque Ferreira "Luz de Candeeiro":

"Viola no Samba" interpretada por Cacique e Pajé, um típico samba caipira cuja a letra até brinca com a mistura de gêneros... uma narração musicada sobre o encontro do samba com a viola:

O clássico "Malandro da Barra Funda" consagra antes de tudo a genial versatilidade de Tião Carreiro! Bom carnaval!!

3 comentários:

  1. Gostei bastante desse post, não sabia que tinha uma variedade de sambas pra viola. Aliás eu tava intentando uma arranjo pra um samba do cartola, a harmonia já tá até pronta. Acho uma combinação primirosa Samba + Viola.
    Valeu Fábio.

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  2. ...olha que legal esse documentário feito em 2003 em Sorocaba sobre os sambeiros!

    http://www.youtube.com/watch?v=RpD0e9M6oBA

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  3. Muito bom o doc. Vou ver as outras partes. A variedade vai ficando maior ao ponto em que vai se descobrindo. Cada vez eu sei menos da música brasileira.

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