Hoje, mais cedo, fui ao velório do violeiro Tinoco, no cemitério da Vila Alpina, zona leste de São Paulo (capital). Presenciei o carinho e a reverência que os familiares, amigos e admiradores do violeiro prestaram na cerimônia. Foi realmente emocionante. O velório e o sepultamento foram conduzidos ao som do coro espontâneo de dezenas de pessoas de várias idades, que entoavam músicas sacras, hinários, despedidas, palmas, e misturavam com os clássicos eternizados pela dupla como Luar do Sertão, Chico Mineiro, Saudades do Matão, Tristezas do Jeca e outras tantas. No momento em que o caixão foi descido cerca de dez pessoas no meio da multidão levantaram cada um seu berrante e entoaram um som bem baixinho - pianíssimo - como se fosse apenas um rumor distante do som potente de um berrante. O efeito - uma homenagem de reverência solene - realmente me deu a impressão de uma tropa, de bois e cavaleiros, bem longe, sumindo pra outras paragens, pra outro tempo.
Bacana o post Fábio ... Um dos maiores expoentes da música brasileira, em especial sertaneja se foi da vida terrena, mas deixou para nós um eterno legado de lindas e inesquecíveis canções ..
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